domingo, 27 de março de 2011

BIODIVERSIDADE


Biodiversidade ou diversidade biológica é a diversidade da natureza viva. Desde 1986, o conceito tem adquirido largo uso entre biólogos, ambientalistas, líderes políticos e cidadãos informados no mundo todo. Este uso coincidiu com o aumento da preocupação com a extinção, observado nas últimas décadas do século XX.
Pode ser definida como a variedade e a variabilidade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. Ela pode ser entendida como uma associação de vários componentes hierárquicos: ecossistema, comunidade, espécies, populações e genes em uma área definida. A biodiversidade varia com as diferentes regiões ecológicas, sendo maior nas regiões tropicais do que nos climas temperados.
Refere-se, portanto, à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, hábitats e ecossistemas formados pelos organismos.
A biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (equitatividade) dessas categorias. E inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementaridade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Ela inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes.
A espécie humana depende da biodiversidade para a sua sobrevivência.
Não há uma definição consensual de biodiversidade. Uma definição é: "medida da diversidade relativa entre organismos presentes em diferentes ecossistemas". Esta definição inclui diversidade dentro da espécie, entre espécies e diversidade comparativa entre ecossistemas.
Outra definição, mais desafiante, é "totalidade dos genes, espécies e ecossistemas de uma região". Esta definição unifica os três níveis tradicionais de diversidade entre seres vivos:
A diversidade de espécies é a mais fácil de estudar, mas há uma tendência da ciência oficial em reduzir toda a diversidade ao estudo dos genes.

Uma amostragem de fungos coletados durante o Verão de 2008 na floresta do norte de Saskatchewan, perto LaRonge é um exemplo em matéria de diversidade de espécies de fungos. Nesta foto, há também folha líquenes e musgos.
  • Para os biólogos geneticistas, a biodiversidade é a diversidade de genes e organismos. Eles estudam processos como mutação, troca de genes e a dinâmica do genoma, que ocorrem ao nível do DNA e constituem, talvez, a evolução.
  • Para os biólogos zoólogos ou botânicos, a biodiversidade não é só apenas a diversidade de populações de organismos e espécies, mas também a forma como estes organismos funcionam. Organismos surgem e desaparecem. Locais são colonizados por organismos da mesma espécie ou de outra. Algumas espécies desenvolvem organização social ou outras adaptações com vantagem evolutiva. As estratégias de reprodução dos organismos dependem do ambiente.
  • Para os ecólogos, a biodiversidade é também a diversidade de interações duradouras entre espécies. Isto se aplica também ao biótipo, seu ambiente imediato, e à ecorregião em que os organismos vivem. Em cada ecossistema os organismos são parte de um todo, interagem uns com os outros mas também com o ar, a água e o solo que a cultura humana tem sido determinada pela biodiversidade, e ao mesmo tempo as comunidades humanas têm dado forma à diversidade da natureza nos níveis genético, das espécies e ecológico.
A biodiversidade é fonte primária de recursos, fornecendo comida (colheitas, animais domésticos, recursos florestais e peixes), fibras para roupas, madeira para construções, remédios e energia. Esta "diversidade de colheitas" é também chamada agrobiodiversidade.
Os ecossistemas também nos fornecem "suportes de produção" (fertilidade do solo, polinizadores, decompositores de resíduos, etc.) e "serviços" como purificação do ar e da água, moderação do clima, controle de inundações, secas e outros desastres ambientais.
Se os recursos naturais são de interesse econômico para o Homem, a importância econômica da biodiversidade é também crescentemente percebida. Novos produtos são desenvolvidos graças a biotecnologias, criando novos mercados. Para a sociedade, a biodiversidade é também um campo de trabalho e lucro. É necessário estabelecer um manejo sustentável destes recursos.
Finalmente, o papel da biodiversidade é "ser um espelho das nossas relações com as outras espécies de seres vivos", uma visão ética dos direitos, deveres.

Manuseio da biodiversidade: conservação, preservação e protecção

A conservação da diversidade biológica tornou-se uma preocupação global. Apesar de não haver consenso quanto ao tamanho e ao significado da extinção actual, muitos consideram a biodiversidade essencial.
Há basicamente dois tipos principais de opções de conservação, conservação in-situ e conservação ex-situ. A in-situ é geralmente vista como uma estratégia de conservação elementar. Entretanto, sua implementação é às vezes impossível. Por exemplo, a destruição de hábitats de espécies raras ou ameaçadas de extinção às vezes requer um esforço de conservação ex-situ. Além disso, a conservação ex-situ pode dar uma solução reserva para projectos de conservação in-situ. Alguns acham que ambos os tipos de conservação são necessários para assegurar uma preservação apropriada.
Um exemplo de um esforço de conservação in-situ é a construção de áreas de protecção. Um exemplo de um esforço de conservação ex-situ, ao contrário, seria a plantação de germoplasma em bancos de sementes. Tais esforços permitem a preservação de grandes populações de plantas com o mínimo de erosão genética.
A ameaça da diversidade biológica estava entre os tópicos mais importantes discutidos na Conferência Mundial da ONU para o desenvolvimento sustentável, na esperança de ver a fundação da Global Conservation Trust para ajudar a manter as colecções de plantas.
O Brasil é o país que tem a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta. Essa enorme variedade de animais, plantas, microrganismos e ecossistemas, muitos únicos em todo o mundo, deve-se, entre outros fatores, à extensão territorial e aos diversos climas do país. O Brasil detém o maior número de espécies conhecidas de mamíferos e de peixes de água doce, o segundo de anfíbios, o terceiro de aves e o quinto de répteis. Com mais de 50 mil espécies de árvores e arbustos, tem o primeiro lugar em biodiversidadeorquídeas e palmeiras catalogadas. Os números impressionam, mas, segundo estimativas aceitas pelo Ministério do Meio Ambiente o MMA, eles podem representar apenas 10% da vida no país. Como várias regiões ainda são muito pouco estudadas pelos cientistas, os números da biodiversidade brasileira[1] Durante uma expedição de apenas 20 dias pelo Pantanal, coordenada pela ONG Conservation International (CI) e divulgada em 2001, foram identificadas 36 novas espécies de peixe, duas de anfíbio, duas de crustáceo e cerca de 400 plantas cuja presença naquele bioma era desconhecida pela ciência. O levantamento nacional de peixes de água doce coordenado pela Universidade de São Paulo (USP), publicado em 2004, indica a existência de 2.122 espécies, 10% a 15% delas desconhecidas até então. vegetal. Nenhum outro país tem registrado tantas variedades de tornam-se maiores na medida em que aumenta o conhecimento.


3 comentários:

  1. O OUTRO BRASIL QUE VEM AÍ

    Eu ouço as vozes
    eu vejo as cores
    eu sinto os passos
    de outro Brasil que vem aí
    mais tropicald
    mais fraternal
    mais brasileiro.
    O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados
    terá as cores das produções e dos trabalhos.
    Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças
    terão as cores das profissões e das religiões.
    As mulheres do Brasil em vez das cores boreais
    terão as cores variamente tropicais.
    Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil,
    todo brasileiro e não apenas o bacharel ou o doutor
    o preto, o pardo, o roxo então apenas o branco
    e o semibranco.
    Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil
    lenhador
    lavrador
    pescador
    vaqueiro
    marinheiro
    funileiro
    carpinteiro
    contanto que seja digno do governo do Brasil
    que tenha olhos para ver o Brasil,
    ouvidos para ouvir o Brasil,
    coragem para morrer pelo Brasil
    ânimo de viver pelo Brasil
    mãos de escultor que saibam lidar com o barro
    forte novo dos Brasis
    mãos de engenheiro que lidem com ingresias e tratores
    europeus e norte-americanos a serviço do Brasil
    mãos sem anéis (que os anéis não deixam o
    homem criar nem trabalhar)
    mãos livres
    mãos criadoras
    mãos fraternais de todas as cores
    mãos desiguais que trabalhem por um Brasil
    sem Azeredos, sem Irineus
    sem Maurícios de Lacerda..
    Mãos todas de trabalhadores,
    pretas, brancas, pardas, roxas, morenas,
    de artistas
    de escritores
    de operários
    de lavradores
    de pastores
    de mães criando filhos
    de pais ensinando meninos
    de padres benzendo afilhados
    de mestres guiando aprendizes
    de irmãos ajudando irmãos mais moços
    de lavadeiras lavando
    de pedreiros edificando
    de doutores curando
    de cozinheiras cozinhando
    de vaqueiros tirando leite de vacas chamadas
    comadres dos homens.
    Mãos brasileiras
    brancas, morenas, pretas, pardas, roxas
    tropicais
    sindicais
    fraternais.
    Eu ouço as vozes
    eu vejo as cores
    eu sinto os passos
    desse Brasil que vem aí.

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